A ALADA terá a missão de integrar CLA e CLBI às demandas comerciais, acompanhar o lançamento HANBIT-Nano pela Operação Spaceward e impulsionar o mercado espacial brasileiro
A criação da Empresa de Projetos Aeroespaciais do Brasil, a ALADA, marca um ponto de inflexão no mercado espacial brasileiro.
A nova empresa pública foi concebida para estruturar, impulsionar e gerir a prestação de serviços nacionais ligados ao setor espacial, conectando infraestrutura e demanda comercial.
O anúncio ocorre em momento estratégico, com a Operação Spaceward programando o primeiro lançamento comercial no Centro de Lançamento de Alcântara, conforme informação divulgada pelo Defesa em Foco.
Estrutura e missão da ALADA
A ALADA nasce com a atribuição de conectar o Centro de Lançamento de Alcântara, no Maranhão, e o Centro de Lançamento da Barreira do Inferno, no Rio Grande do Norte, às demandas do mercado nacional e internacional.
Ao atuar como ente estruturador, a ALADA buscará aumentar a previsibilidade, a segurança jurídica e a competitividade dos serviços espaciais ofertados no País, tornando o Brasil mais atrativo a empresas privadas.
Segundo o Presidente da ALADA, Sergio Roberto de Almeida, “a ALADA será responsável, a partir desse marco, pela prospecção de mercado, negociação e gestão dos futuros contratos, garantindo continuidade e expansão das oportunidades comerciais.”
Operação Spaceward e o primeiro lançamento comercial
A Operação Spaceward, conduzida pela Força Aérea Brasileira em parceria com a Agência Espacial Brasileira, prevê entre 17 e 22 de dezembro o primeiro lançamento comercial de um foguete a partir do CLA.
O foguete HANBIT-Nano, da sul-coreana Innospace, transportará cinco satélites e três experimentos, desenvolvidos por instituições e empresas do Brasil e da Índia, demonstrando capacidade de integração com cadeias internacionais.
Impacto estratégico, soberania e Base Industrial
A iniciativa posiciona o Brasil de forma mais competitiva no mercado global, transformando a infraestrutura de lançamento em ativo econômico, tecnológico e estratégico.
“A iniciativa posiciona o Brasil de forma mais competitiva no mercado espacial global, transformando sua infraestrutura de lançamento em ativo econômico, tecnológico e estratégico, com reflexos diretos na soberania nacional, na Base Industrial Aeroespacial e na geração de emprego e renda.”
A localização de Alcântara, próxima à Linha do Equador, reduz custos operacionais e amplia a eficiência dos lançamentos, reforçando o potencial do País como hub espacial do Hemisfério Sul.
Próximos passos para o mercado espacial brasileiro
Além de operar lançamentos, a ALADA deverá atrair investimentos, promover desenvolvimento tecnológico e gerar empregos na cadeia aeroespacial, fortalecendo a autonomia estratégica do Brasil.
Para o Assessor para implantação da ALADA, Coronel Aviador Erivando Pereira de Souza, “a empresa atuará para estabelecer parcerias comerciais competitivas, valorizando qualidade, segurança e confiabilidade.”
A expectativa é que, com a ALADA, o mercado espacial brasileiro ganhe previsibilidade e oferta ampliada de serviços, consolidando o País em rotas comerciais de lançamentos e aplicações espaciais.

