Parceria financia o Projeto de Pesquisa e Desenvolvimento em Tecnologias para Emprego em Camuflagem Multiespectral, para reduzir assinaturas visual, infravermelha e radar e proteger forças
O Exército assinou um convênio estratégico com a Financiadora de Estudos e Projetos, a FINEP, para viabilizar um projeto considerado essencial diante das exigências da guerra moderna.
A iniciativa pretende ampliar as capacidades da Rede de Camuflagem URUTAU, diminuindo assinaturas nos espectros visual, infravermelho e de micro-ondas, aumentando a proteção de tropas e meios.
O esforço busca responder à proliferação de sensores, especialmente câmeras infravermelhas e radares integrados a sistemas não tripulados, melhorando a sobrevivência operacional, conforme informação divulgada pela Diretoria de Fabricação do Exército Brasileiro e pela FINEP.
O que prevê o projeto e a tecnologia
O programa é identificado como Projeto de Pesquisa e Desenvolvimento em Tecnologias para Emprego em Camuflagem Multiespectral, e tem foco na redução simultânea das assinaturas visual, térmica, e radar.
Esse tipo de camuflagem multiespectral visa dificultar a aquisição de alvos por sensores que operam no infravermelho próximo, médio e distante, e também por radares que detectam assinaturas em micro-ondas.
Articulação entre Exército, indústria e academia
A Diretoria de Fabricação será a executora do projeto, que terá como coexecutores o SENAI CETIQT, o Instituto Militar de Engenharia, o Centro de Avaliações do Exército, o Centro Tecnológico do Exército, o Centro de Instrução de Engenharia e o Arsenal de Guerra de São Paulo.
Essa cooperação reúne competências em pesquisa, desenvolvimento e avaliação, acelerando a transferência de conhecimento e a validação em ambientes realistas, fortalecendo a aplicação prática da camuflagem multiespectral.
Impacto estratégico para a Base Industrial de Defesa
O convênio com a FINEP é visto como um passo relevante para a Base Industrial de Defesa, ao fomentar inovação em tecnologia prioritária para o Ministério da Defesa.
Ao reduzir dependências externas e desenvolver soluções no país, o projeto amplia a soberania tecnológica, fortalece cadeias produtivas nacionais, e aumenta a capacidade dissuasória e a proteção das forças frente ao emprego intensivo de drones e mísseis com sensores termais.

