Com a instalação do Dique Flutuante Rio Madeira, o Exército passa a realizar docagem completa de embarcações, encurtando prazos de manutenção e elevando a segurança da navegação no teatro amazônico
O Centro de Embarcações do Comando Militar da Amazônia, CECMA, inaugurou o novo dique flutuante que permitirá a docagem e a manutenção integral de barcos usados nas operações ribeirinhas.
A estrutura conta com sistema hidráulico de enchimento e esvaziamento de tanques de lastro, o que viabiliza a emersão total das partes submersas para inspeções e reparos até então dependentes de estruturas externas.
A entrega, custeada com recursos do SISFRON, consolida um ciclo de modernização logística que reduz a indisponibilidade dos meios e reforça a segurança das tropas, conforme informação divulgada pelo Centro de Embarcações do Comando Militar da Amazônia (CECMA).
Estrutura e funcionamento
O dique opera por meio de um mecanismo hidráulico que controla tanques de lastro, permitindo elevar ou afundar a plataforma para retirar as embarcações da água.
Essa capacidade torna possível realizar inspeção de casco, reparo de hélices e eixos, tratamento anticorrosivo, soldagem estrutural e outros serviços de engenharia naval diretamente no CECMA, reduzindo deslocamentos e tempo de inatividade.
Impacto para a tropa ribeirinha
A presença do dique altera a rotina das equipes que atuam na região, pois oferece manutenção preventiva e corretiva com maior rapidez, aumentando a confiança nas embarcações e a segurança nas patrulhas.
A iniciativa também valoriza o trabalho dos militares que operam nos rios da Amazônia, e ressalta a expressão usada por integrantes da tropa, “Parece fácil, porque fazemos parecer fácil.”, como reconhecimento da técnica e resiliência exigidas nas atividades ribeirinhas.
Modernização logística e papel do SISFRON
O novo dique integra investimentos do Sistema de Monitoramento de Fronteiras, SISFRON, que vem impulsionando a modernização de estruturas na Amazônia Ocidental.
Ao permitir manutenção no próprio teatro de operações, a obra reduz custos logísticos, aumenta a eficiência operacional e fortalece a autonomia do Exército para sustentar presença contínua em uma área de fronteira sensível.
O que muda na rotina operacional
Com menor tempo de indisponibilidade, a frota passa a contar com maior disponibilidade para patrulhamento, apoio a populações ribeirinhas e respostas rápidas a incidentes, aumentando a capacidade de sustentação logística.
O dique passa a ser uma ferramenta estratégica do CECMA, que amplia a vida útil das embarcações, eleva a margem de segurança da navegação e reforça a soberania brasileira na Amazônia.

