Instalação da passarela na estação científica em São Pedro e São Paulo, a cerca de mil quilômetros da costa, integra o PROARQUIPELAGO com operação da SECIRM e UFES
A Marinha do Brasil, em parceria com a Universidade Federal do Espírito Santo, iniciou a construção da terceira estação científica no Arquipélago de São Pedro e São Paulo.
A etapa inaugurada em 8 de dezembro contempla a montagem da nova passarela, peça-chave para o acesso seguro dos pesquisadores, em um ponto do Atlântico com condições adversas.
A obra faz parte do PROARQUIPELAGO e envolve logística complexa, transporte de carga especializada e trabalho integrado entre forças militares e instituições civis.
conforme informação divulgada pela Marinha do Brasil
Obra e desafios de engenharia
A construção da nova estação científica no ASPSP impõe desafios logísticos e estruturais singulares, em razão do mar agitado, do relevo rochoso e da limitação de espaço no arquipélago.
Localizado a cerca de mil quilômetros da costa brasileira, o arquipélago apresenta mar agitado, relevo rochoso e limitação de espaço físico, fatores que exigem precisão de engenharia e rigor na execução, o que orientou o projeto arquitetônico da UFES e a escolha de materiais resistentes à salinidade e aos ventos.
Passarela, segurança e operação
A etapa inaugurada em 8 de dezembro contemplou a montagem da nova passarela, estrutura fundamental para o acesso seguro dos pesquisadores, reduzindo riscos no transbordo entre embarcações e as rochas escorregadias do local.
O transporte de pessoal, equipamentos e carga especializada foi realizado com apoio do Navio-Patrulha Oceânico Araguari, ação que permitiu levar módulos e materiais necessários para esta fase da obra.
Parcerias e equipe técnica
A operação, conduzida pela SECIRM no âmbito do PROARQUIPELAGO, representa um marco para a pesquisa oceânica e para a presença brasileira no Atlântico Equatorial, segundo as instituições envolvidas.
A equipe de trabalho reúne militares da Base Naval de Natal, engenheiros da UFES e analistas do ICMBio, garantindo integração entre engenharia, segurança e conservação ambiental durante a execução.
Impacto científico e estratégico
A nova estação científica em São Pedro e São Paulo vai ampliar a capacidade de coleta de dados sobre mudanças climáticas, dinâmica oceânica e biodiversidade marinha, com instalações mais seguras e sistemas de energia otimizados.
Segundo a SECIRM, ao menos outras três comissões serão necessárias até a conclusão total da estação, prevista para o segundo semestre de 2026, etapas que manterão a presença contínua do Brasil no Atlântico Equatorial e fortalecerão a soberania e a pesquisa no arquipélago.

