Os testes finais da Fragata Tamandaré avaliam integração de sensores, radares, armamentos e automação, confirmando prontidão operacional e preparação para incorporação à Esquadra
A primeira fragata do Programa Fragatas Classe Tamandaré entrou em uma das etapas decisivas de aceitação, com saídas a mar para validar a robustez e a confiabilidade dos sistemas embarcados.
Durante a fase, são verificados desde aspectos da plataforma naval até a integração completa dos sistemas de combate, garantindo que dados dos sensores gerem respostas operacionais confiáveis.
O processo prepara a unidade para os preparativos de incorporação e o posterior emprego em missões de defesa dos interesses marítimos do País, conforme informação divulgada pela Marinha do Brasil.
Testes de mar e validação dos sistemas de combate
Os testes de mar da F200 estão em andamento desde agosto e integram o processo de aceitação final do navio, com avaliações práticas de sensores, comunicações e armas.
Em saída recente, a embarcação deixou o Estaleiro Brasil Sul, da TKMS, em Itajaí, e realizou avaliações com militares e civis a bordo. Conforme descrito na nota original, “O navio deixou o Estaleiro Brasil Sul, da TKMS, em Itajaí (SC), no dia 3 de dezembro, com militares e civis a bordo.”
O futuro comandante destacou a verificação das cadeias funcionais, para garantir que as informações captadas pelos sensores sejam corretamente processadas e convertidas em resposta operacional.
Tecnologia embarcada e salto operacional
A Fragata Tamandaré incorpora um sistema de combate integrado, radares de vigilância aérea e de superfície, sonar de casco e sensores eletro-ópticos e infravermelhos, seguindo arquitetura compatível com padrões da OTAN.
A adoção de conceitos stealth reduz a assinatura radar da embarcação, e o elevado grau de automação permite monitoramento e controle remoto de grande parte dos sistemas, com impacto direto na segurança da tripulação.
Segundo o material consultado, “A expectativa da Marinha do Brasil é que a embarcação seja entregue ao setor operativo no início de 2026, marcando um novo patamar tecnológico para a Esquadra.”
Armamentos, conteúdo local e fortalecimento da indústria de defesa
A unidade conta com mísseis antinavio, mísseis antiaéreos de lançamento vertical, torpedos antissubmarino, canhões e sistemas de autoproteção, além de hangar e convoo para aeronaves embarcadas, ampliando o raio de ação.
O Programa Fragatas Classe Tamandaré, inserido no Novo PAC, destaca-se pelo alto índice de conteúdo local, transferência de tecnologia e capacitação, com mais de mil empresas brasileiras envolvidas no desenvolvimento e manutenção.
O acesso a códigos-fonte e softwares, aliado à capacitação técnica, visa garantir autonomia para manutenção futura e potencial de exportação, fortalecendo a indústria naval e de defesa nacional.

