Acordo técnico-industrial visa otimizar a manutenção de submarinos, reduzir prazos, ampliar capacitação e aumentar disponibilidade operacional dos meios estratégicos da Marinha
A Marinha do Brasil assinou um Memorando de Entendimento para ampliar a cooperação técnica e industrial focada na manutenção de submarinos da Classe Scorpène, com impactos diretos no ciclo de vida dos navios.
O documento foi firmado em Brasília no dia 9 de dezembro, em ato que reuniu autoridades navais brasileiras e indianas, além de representantes do estaleiro parceiro indiano.
O objetivo do acordo é otimizar processos, transferir conhecimento e aumentar a autonomia da Base Industrial de Defesa, assegurando maior disponibilidade operacional, conforme informação divulgada pela Marinha do Brasil.
Assinatura e participantes
O Memorando de Entendimento, descrito pela Marinha como um MoU, foi assinado em Brasília, no dia 9 de dezembro, durante audiência com o Comandante da Marinha, Almirante de Esquadra Marcos Sampaio Olsen.
Estiveram presentes o Chefe do Estado-Maior da Marinha da Índia, Almirante de Esquadra Dinesh K. Tripathi, e o Presidente do Conselho de Administração e Diretor-Geral da Mazagon Dock Shipbuilders Ltda., Capitão de Mar e Guerra Jagmohan, estaleiro parceiro indiano.
O que prevê a cooperação técnica
O acordo estabelece bases para uma cooperação estruturada nas atividades de manutenção de submarinos, apoio logístico e gestão do ciclo de vida dos submarinos da Classe Riachuelo, versão brasileira da Classe Scorpène.
Segundo a Marinha, a parceria permitirá otimizar processos, reduzir prazos e elevar a eficiência do suporte técnico, garantindo maior confiabilidade e prontidão para emprego operacional.
Impacto na Base Industrial de Defesa e autonomia tecnológica
O Memorando tem como meta fortalecer a Base Industrial de Defesa, ampliando o intercâmbio de conhecimento e a capacitação de pessoal nacional, além de promover o desenvolvimento conjunto de tecnologias sensíveis da engenharia naval.
Essa cooperação com a Índia, pontua a Marinha, contribui para reduzir dependência externa e aumentar o domínio nacional sobre sistemas críticos de manutenção, reforçando a sustentabilidade do PROSUB.
Relevância estratégica para a Amazônia Azul
Os submarinos da Classe Riachuelo são descritos como elementos centrais da dissuasão naval brasileira. Ao elevar a confiabilidade e a disponibilidade desses meios, a parceria fortalece a capacidade de proteção da Amazônia Azul.
Além do efeito operacional, o acordo simboliza um avanço na cooperação internacional em defesa e reforça o posicionamento do Brasil como ator relevante em parcerias estratégicas no domínio marítimo-submarino.

