CMG Lucena assumiu a CPRJ em 16 de dezembro, lidera organização com legado desde o século XIX e jurisdição sobre mais de 1.000 km de litoral fluminense, incluindo a Baía de Guanabara
A Capitania dos Portos do Rio de Janeiro começou um novo ciclo de comando com a chegada do Capitão de Mar e Guerra Leonardo Carvalho de Lucena Navaes.
O oficial assumiu a CPRJ no dia 16 de dezembro, passando a responder por uma área essencial ao comércio exterior, à indústria do petróleo, ao turismo náutico, e à segurança da navegação em um dos litorais mais movimentados da América do Sul.
O posto reúne tradição histórica e exigências operacionais complexas, por sua extensão territorial e pela concentração de portos, terminais e marinas, motivos que exigem liderança técnica e visão estratégica.
conforme informação divulgada pelo Defesa em Foco
Trajetória e experiência do novo comandante
O novo comandante é egresso da Capitania Fluvial de Minas Gerais, onde serviu por dois anos, e foi o terceiro comandante da organização criada em 2018, o que agrega experiência administrativa em contextos diversos.
Em sua carreira, o CMG Lucena passou pela Secretaria-Geral da Marinha, pela Esquadra, e pelo Colégio Interamericano de Defesa, em Washington, fatos que conferem ao seu comando uma visão operacional, institucional, e internacional.
Funções e impacto social e econômico da CPRJ
A Capitania dos Portos do Rio de Janeiro atua na inspeção naval, na habilitação de marítimos e amadores, em operações de busca e salvamento, na prevenção de acidentes, e na proteção ambiental, atividades que afetam diretamente milhões de brasileiros.
Sua jurisdição abrange a Baía de Guanabara e mais de 1.000 km de litoral fluminense, além de uma das maiores concentrações de portos, terminais privados, marinas, e clubes náuticos do país, o que a torna central para o funcionamento da economia nacional.
Relevância estratégica e vínculos militares
A CPRJ está inserida em um dos principais polos navais do país, próxima ao Arsenal de Marinha, na Ilha das Cobras, e subordinada ao Comando do 1º Distrito Naval, o que reforça sua importância institucional.
Além disso, mantém ligação estratégica com a Base Naval de Itaguaí, onde avançam projetos como os submarinos da Classe Riachuelo, e o futuro submarino nuclear brasileiro, conexões que tornam o comando da CPRJ sensível a questões de defesa e tecnologia naval.
Desafios à frente e expectativas
Assumir a Capitania significa conciliar tradição e modernização, garantir a segurança da navegação em áreas de intenso tráfego, e coordenar ações de prevenção de poluição e salvaguarda da vida humana, inclusive em áreas estratégicas.
O legado institucional remete a comandantes históricos, como Joaquim Marques Lisboa, o Almirante Tamandaré, Patrono da Marinha do Brasil, símbolo do peso simbólico e operacional que o cargo representa, e referência para o trabalho do CMG Lucena na CPRJ.

