Transporte de combustível nuclear com escolta militar, incluindo dióxido de urânio e trióxido de gadolínio, ocorreu entre os dias 28 de novembro e 16 de dezembro, com monitoramento em tempo real
Militares do Corpo de Fuzileiros Navais prestaram apoio à segurança de um deslocamento sensível realizado na região, com foco na proteção do material e na pronta resposta a emergências.
A ação envolveu unidades especializadas e sistemas de comando, garantindo coordenação entre forças civis e militares ao longo de todo o trajeto.
O emprego da tropa e o monitoramento remoto reforçaram as medidas de segurança física e radiológica aplicáveis a operações com materiais nucleares.
conforme informação divulgada pelo Defesa em Foco
Emprego do Batalhão NBQR e prontidão operacional
Na missão atuou o 2º Batalhão de Proteção e Defesa NBQR, unidade especializada em defesa nuclear, biológica, química e radiológica, subordinada ao Comando da Divisão Litorânea da Força de Fuzileiros da Esquadra.
A tropa manteve-se em estado permanente de prontidão, a partir de suas instalações em São Gonçalo (RJ), com capacidade de acionamento imediato, para integrar a equipe de pronta resposta destinada a eventuais situações de emergência.
Monitoramento e coordenação do transporte
O transporte do material ocorreu a partir da Fábrica de Combustível Nuclear, em Resende, com destino à Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto, e envolveu, especificamente, dióxido de urânio e trióxido de gadolínio.
Todo o deslocamento foi acompanhado por monitoramento em tempo real, realizado de forma remota pelo Centro Integrado de Comando e Controle do Rio de Janeiro, garantindo rápida tomada de decisão em caso de anormalidades.
Proteção de ativos estratégicos e o SIPRON
A operação integrou o Sistema de Proteção ao Programa Nuclear Brasileiro (SIPRON), enquadrando-se no planejamento permanente para o transporte de materiais do Programa Nuclear Brasileiro, considerado essencial para soberania e segurança energética do país.
A atuação dos Fuzileiros Navais evidencia a combinação entre especialização técnica, doutrina consolidada e integração com sistemas de comando e controle, para resguardar ativos estratégicos e minimizar riscos físicos e ambientais.
Prontidão contínua e segurança institucional
Segundo as informações divulgadas, a Força manteve postura operacional rígida durante o período de escolta, que ocorreu entre os dias 28 de novembro e 16 de dezembro, assegurando o cumprimento das normas de segurança física e radiológica aplicáveis.
Ao proteger o transporte de combustível nuclear, a Marinha do Brasil reafirma seu papel na defesa de interesses nacionais sensíveis, contribuindo para a segurança institucional e a continuidade do Programa Nuclear Brasileiro.

